REFÚGIO
O desejo era visível, sofrível, imensurável...
Impossível saciar aquela sede,
Embora estivesse há alguns passos do oásis.
Pronunciava palavras inaudíveis
Aos tímpanos, mas que tinham um caminho certeiro:
Uma mente em devaneio poético,
Uma alma apaixonada, que vivia na esperança
De transformar a ilusão de instantes,
Em eterna realidade.
Mas o tempo passou,
E, ficaram somente as lembranças
De tudo que um dia sonhou.
O desejo fez refúgio na lembrança,
E nela se encerrou!