REFÚGIO

O desejo era visível, sofrível, imensurável...

Impossível saciar aquela sede,

Embora estivesse há alguns passos do oásis.

Pronunciava palavras inaudíveis

Aos tímpanos, mas que tinham um caminho certeiro:

Uma mente em devaneio poético,

Uma alma apaixonada, que vivia na esperança

De transformar a ilusão de instantes,

Em eterna realidade.

Mas o tempo passou,

E, ficaram somente as lembranças

De tudo que um dia sonhou.

O desejo fez refúgio na lembrança,

E nela se encerrou!

Cellyme
Enviado por Cellyme em 22/09/2009
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