Que mentira , não existias!
Te procurei na imensidão... nas estrelas...
Romântica...cheia de poesia...
Te encontrei na estrada da vida...
Escrevias bilhetinhos, lias
Gostavas de música, de dança de alegria
Pobre,Honrado, trabalhador, não drogavas, não bebias...
E ficastes do meus lado...meu amigo de todas as horas..
Eu trabalhava alucinadamente
Estudava e comecei a dividir contigo minha vida
Ou foi o contrário ?
Eu te julguei inteligente ...estudado
Tua mãe tão gentil, teu pai um gentlemann
Eu não queria me envolver, tinha receio de me doar
Me rendi , mas percebi que não existiam sonhos em comum
Nem um plano de vida ...
Nada que me fizesse pensar num futuro seguro ..
Eu trabalhava muito e era capaz,
Teu dinheiro não seria necessário
Fostes te acovardando..
Descobri que bebias, que drogavas
Arquitetastes tudo, e tua família sabia
Eram um engodo mas, já tinha casado ..
E no quarto dia cheguei do trabalho e te encontrei alucinado
E assim segui por 30 anos ..
Agora o que nos resta?
Filhos, uma neta e mil noites sem uma palava
Quando muito, um grito
E de gritos vamos vivendo
Até quando?
Tual alegria é ver minha derrota...
A minha e te ver nos braços da tua mãe, irmã
Sendo amado como mereces
E assim vivemos nós , mesma casa, dois estranhos ...
Quanto engano por pura vaidade...
Perdemos todos..
Como és cruel
Um dia te enforcarás com teu ego!