SCHEFLLERA

SCHEFLLERA

Ai! Que tristeza que eu sinto!

Ver-te assim, destruída,

Sobre a terra caída

Quem já me deu tanto amor!

Quem acolheu minha dor

Nos meus momentos sombrios

Quem assistiu meus desvios

Por esta estrada sem cor

Proporcionou-me alegria

Com seu verde e amarelo

Em seu balançar singelo

Levando-me às fantasias

Com minhas mãos, dei-te vida!

Depois da semente nascida

Com carinho, dei-te o solo...

Para ver-te um dia florida!

E hoje assim, tão frondosa!

Como no verso e na prosa,

Preenche os meus espaços

Acolhendo-me calorosa!

Tua sombra é meu abrigo

E o abrigo dos sanhaços,

Que pousando nos teus cachos

Alimentam-se de ti

Finalizou tua vida

Sem consolo, sem guarida,

Sem nem mesmo despedida...

E...Parece sorrir para mim!

Schefflera dos meus encantos!

Hoje só dou-te o meu pranto,

Daria-te mais...E mais!

Só o meu DEUS, sabe o quanto!...

A fúria da natureza (vento)

Varreu-te pra longe de mim!

Mas, vejo lá, o seu tronco,

Como a me dizer assim:

Virão de meu seio, os brotos!

Serei árvore novamente!

Cuidem de mim com carinho...

E lhes digo: "Todos terão o seu fim!"