CÁ ESTOU NOVAMENTE...
CÁ ESTOU NOVAMENTE...
Cá estou novamente...
Noite linda e eu mais solitária que nunca.
Saudades, desejos loucos que tiram a paz.
Vontade de solidão. Da mesma que não quero.
Da mesma que passei a vida escondendo-me.
Ela abre os braços para envolver-me
Tudo se repete como um filme cansado
Uma fita restaurada
Um lamento que ecoa e dói
Covardia que incorpora, toma conta.
Nesse chão em meu canto encolhida, escondida da vida.
Preciso de forças...Forças.
Sono, cansaço. Vontade de um abraço sem braços.
Sem contato obrigatório.
Contagem regressiva, contagem repetida.
Certeza de nada tenho nada posso...Nada quero
Não suporto mais findar, recomeçar.
Essa vida ida, sem encanto ou nostalgia ou fortes razões.
Para tudo isso, para tanto esforço, tantos palcos, tantas cenas.
Amanha talvez esqueça tudo e por costume recomece tudo.
Amanha não fará diferença nenhuma se chove ou se a noite esteja tão linda quanto agora.