Em Milhares de Pedaços
Quando você partiu sem se despedir,
Foi maldade.
Não sei mais o que quero,
Os sentimentos, todos, são um só.
Uniram-se, não são bons, não são maus.
Garota posso te sentir até agora.
Teu cheiro, teu desejo, tua cura.
Teus braços, teus abraços, o reflexo do espelho.
Mas são apenas lembranças,
Lembranças que me entristecem,
Lembranças que me matam, que me sufocam.
Meu coração chora, e entristece,
Mas não esquece.
Garota, eu posso ser desse jeito
Impulsivo, explosivo,
Talvez impetuoso...
Mas sem você não vivo.
Estou cercado, encurralado,
Lembro da primeira vez,
- oi – Você disse.
Mas estou só, abaixo da solidão,
Sou eu a lanterna dos afogados,
Sou eu a mão que socorre os detonados
Eu sou a droga que socorre os que não dormem.
Sou eu a insônia que não dorme nunca,
Sou a droga que te entorpece,
Que percorre as veias. Esquece.
Garota sem você me, tornei a voz sem palavras
As palavras sem sentido,
Os sentidos sem direção,
Um coração desgovernado,
Sou eu a mão que socorre os derrotados.
Sou eu o desespero dos atormentados,
O tormento das paixões.
Abaixo da solidão
Rasguei meu coração
Senti o gosto do azedo
O azedume da indiferença.
Cada um sabe o peso que carrega,
Meu peso machuca,
E para isso não existe cura.
Garota, eu posso ver através de tudo,
Mas sem você minha visão fica turva,
Minha voz fica muda...
Aconteceu quando você se foi sem se despedir,
Logo após das canções de amor,
Logo após daquela noite fresca,
Cedo, pro café, até preparei nossa mesa.
Mas, a dor entrou pela minha porta,
Quando você saiu levando consigo
Todo meu amor que te dei com um sorriso.
Dizem que gosto de escrever sobre sentimentos tristes,
Mas é só assim que consigo expressar minha alma,
Quando meu coração chora...
Olhe pra mim agora,
Não sinta pena.
Se você quiser voltar, por favor, lhe imploro...
- Volta Não.
- Volta Não.
Ainda estou juntando meus cacos,
Espalhados ao chão...
Meu coração, arruinado...
Em milhares de pedaços,