(sem nome 4)

cada coisa que escarnecem de mim

é a lembrança vaga e inteira de minha alma afoita por desejo de amar e ser amado sem medidas

é meu ser que busca algo sem preconceitos ou palavras valorizadas por seu verdadeiro significado

é minhas terras generosas que me dão as arvores causadoras de todo meu mal infame

são meus desejos sanguíneos, obscuros e doentes.

Queria eu estar agora entre as estrelas do céu

Do céu negro e infinito

Que não te aborda pela sal cor

Que não te leva pelo seus atos ou omissões

Que não olha sua culpa ou premissas de viver

Que te deixa livre pra escolher pra onde quer ir

A flor negra que vem do ventre de minha alma

Caminha enegrecida pelos meus vasos de energia constante

Ela é a minha casa de ruínas

Meu coração desmanchado em sangue e vinho quente

Quando começo a pensar em todo o amor que te dediquei e você o rejeitou

Tudo de bom se volta para mim

Porque jamais quis o teu mal

Ou a tua ruína escrota da qual você jamais sairia viva

A morte te rondaria como um felino espreitando seus olhos nas trevas para te pegar de uma vez por todas

Com uma única e atroz mordida ele te levaria a perdição

Ele te deixaria com tudo o que tens exposto aos teus inimigos

Que falariam aos 4 cantos do universo como foi bom ter você

O anjo das falanges mais distintas entre o céu e a terra

Vem pra te acolher em seus braços musculosos e cheio de vigor

Você mal sabe a hora em que ele virá

Porque teus dias já estarão contados

E você não saberá q sorte que terá sequer daqui a 5 minutos

Quanto mais se sobreviverá se eu te ver na esquina escura

O óleo de meu sangue quente guarda todo o mal que me fizeram nessa vida desastrosa

Espero que você não se depare com ele

Torço para que você não se molhe em minhas vísceras carnais...

Rônaldy Lemos
Enviado por Rônaldy Lemos em 22/06/2006
Código do texto: T180069