QUANDO O DINHEIRO FALA
Eu tenho em mim a daga que me fura
Do amor que eu achei em meio a flores,
É de uma sombra, a dádiva loucura,
São espinhos apenas dos amores...
Quando em meu leito desvanece o encanto
Que a lua traz ao ninho dos amantes,
Eu lá no ninho, me derreto em prantos...
Que dor me foge desse meu semblante!
Às vezes luto nesta vida insana,
Molho de pranto o colo solitário...
Não tenho pela vida mais encanto,
Não sei qual dor mais dói no meu calvário...
Bebi veneno nesse lábio insano,
Perdi a vida por um vil salário.