Alfinetadas

Só quero que as palavras sejam doces

morri em cada fria alfinetada

de um desamor que sobrevive em mim

buraco onde estou cega e vejo nada

Meu sorriso esconde, em funda gruta,

onde não entra luz de madrugada

minhas pétalas de secas já caíram

minha aura não é mais imaculada

O chão estremece quando o piso, esfrangalhada,

olhos sem vida, desalento alienado

sem compaixão p'las pedras da calçada

escorrego nelas, porque também estão gastas

Fana
Enviado por Fana em 05/09/2009
Código do texto: T1794335
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