Alfinetadas
Só quero que as palavras sejam doces
morri em cada fria alfinetada
de um desamor que sobrevive em mim
buraco onde estou cega e vejo nada
Meu sorriso esconde, em funda gruta,
onde não entra luz de madrugada
minhas pétalas de secas já caíram
minha aura não é mais imaculada
O chão estremece quando o piso, esfrangalhada,
olhos sem vida, desalento alienado
sem compaixão p'las pedras da calçada
escorrego nelas, porque também estão gastas