Leviana
Por que me tomas por leviana?
Como uma triste mentirosa
Dona de palavras profanas
Vãos dizeres em boca horrorosa
Não crês na verdade do meu dizer?
Que minha lágrima não é fingida
Tenta ver através do meu ser
Enxergar minha alma dolorida
Que importa o amor, que importa a vida?
Foram devaneios distantes da razão
As últimas pessoas em quem acreditei entorpecida
Acertaram-me com a flecha da desilusão
O que me resta neste mundo vão?
Me sinto só, desacreditada
Minhas palavras não valem um tostão
Adormeço aos prantos, embriagada
Por que me tomaste por leviana?
Envolta à uma nuvem de insensatez
Em meu peito deixaste uma triste mancha
Em meu coração eterna languidez