ADEUS AO AMOR...

Mas uma noite...

perdida fiquei em meu silêncio

somente as lágrimas a me tocar

uma brisa suave me invade o quarto

eu deitada a olhar as estrelas

Pra que falar?

se você não quis me ouvir

preferiu fugir...pela covardia de viver

mas um dia vem...lhe deixei ir

se desejas voar

em direção a outros rumos

o deixo com o coração partido

mas se assim foi preciso ....o fiz

na hora da partida

nem se quer relevou meus sentimentos

se levou pelo momento

Não é fácil aceitar

quando um grande amor se vai

pra não mais retornar

e assim se foi sem ao menos exitar

para não mais regressar...

Não é fácil falar de uma partida

uma dor que está sempre doendo

independente do tempo

passado a muito ou a pouco

se faz grande o tormento

cada instante se faz pesado o fardo

saudades que magoam

um adeus ao que era palpável

aos sonhos construídos

aos planos traçados

que hoje são restos

fragmentos de um passado

fez-se pedras em meu caminho

rosa cheia de espinhos

Beba então a última gota do meu amor

Beba a taça das lágrimas minhas... da dor

rasgue todas as palavras

para que não restem lembranças

lance tudo ao mar

arranque logo o tapete das ilusões

e mesmo que eu caminhe solitária

desejo simplesmente um dia voltar a sorrir

e assim termina ...

o que não deveria ter começado

sinto em mim o gosto amargo

de algo que se perdeu no passado

coração magoado

ficando a triste dor

marcando o fim de um amor

mesmo não sabendo dizer adeus

digo-te apenas EU TE AMO

e te agradeço

as frases ternas

e os sentimentos loucos

que em mim nasceram

por algum tempo...

me fizeram feliz

Pelo sonho lindo

que me iludi

Viverei hoje como passarinho

voando para longe do ninho

mas triste por viver sozinho

Segues então sua liberdade

vá de encontro a suas verdades

encontrar suas trilhas certas

Buscarei o esquecimento

desta tristeza indizivel

que se faz sua partida

Vou-me agora

que o tormento só aumenta

já não posso olhar-te

sem querer beijar e abraçar-te

que triste despedida

perdi você!

Ah, que triste adeus!

não ficou a incerteza

de um até logo...

de um talvez...

somente a certeza

de que nunca mais.

Fernanda Mothé Pipas
Enviado por Fernanda Mothé Pipas em 01/09/2009
Reeditado em 12/09/2009
Código do texto: T1786499
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