Mar de tédio
Careço do teor adrenalínico,
auferindo que nada sobrevém.
No quebrantar do eu cínico,
dissimulo abonar um porém.
Híbrido, intercalando de mim
para eu mesmo, escarneço.
Tal qual o progênito do ruim,
faço-me embasado no que mereço.
Quilos de bigotas, a retesar,
ainda assim, insuficientes,
pois a mastreação do me empenhar
é parca para se chamar de vigente.
Cunhos, cruzetas e moitões:
nada alteia a alacridade.
Salgo-me, de gotas, aos milhões.
Minha nau já virou saudade.