Em ocaso ...a poesia

elisasantos

No garimpo de palavras, a bateia em sofreguidão

Nenhuma retém, a folha em branco clama em vão

Os véus que envolvem-lhe a face, opacos

Omitem o encanto, fazem-na puro pranto

O poema quando surge, surge sem asas

Sentimentos não embala, com meias-verdades fala,

fala ... não diz nada, clama por realidade!

Abomina-lhe a purpurina...A fantasia assassina...

Que envolve seu teor em brumas...

Em angústias aborta dessa poeta a alegria

Primária de viver com poesia, chorando

A alma vadia, presa... parece morrer

A poesia calada, protesta, pede verdades

Tem o rosto encoberto, quisera vê-la!

Entretanto, um manto a encobre de mim

Espontânea não resiste aos ocasos de você

elisasantos
Enviado por elisasantos em 17/06/2006
Código do texto: T177571