"Fui..."
“Fui...”
Oh! Quantas tristezas envolve meu peito.
Oh! Quantos desalentos
Surgem com o tempo.
Quem me dera não sentir
o vazio que agora vem,
oprimi sem quase percebe
que por muito ou pouco tempo
no coração, na escuridão,
tudo vai indo como o proceder.
“Choro” sim, pois a alma, assim o deseja...
Mas o porque de choro tão sofrido,
Quando a alma clama por Vicência?
Escutar no negror da noite
como se só, o ouvir pudesse acalmar,
o coração que amargurado sofre,
e só na noite encontra o seu lugar.
Fugir! Quem me dera então fazê-lo,
mas a alma escurecida tão cansada,
jaze ali caída debruçada.
Não posso imaginar qual seja o
motivo, de choro imenso , compulsivo,
Sem que venha a refazer,
começos, que agora não presentes
foi-se num passado rebuscados,
cheios de promessas vagas, ocas e maldizentes,
impedindo que o buscar continuo,
deixasse ficar ali sob mãos postas
Firmes gélidos, endurecidos,
Sem perceber, que o procurar... O encontrar
tornou-se real, a ponto de não mais precisar
se envolver, com o presente e nem futuro.
Pois minha realidade agora subjuga no passado.
Exala a alma...Escapando sem forças para impedi-la,
como o perfume de uma flor...Desprendendo aos poucos...
Pouco a pouco...
Sem que eu encontre forças naturais para vencê-la.
Marlene Luiz.
05/03/09