A NUDEZ

Almejo desbravar e reverter

a imaterialidade colorida dos sonhos

e ofertar-lhes em ostras, tal pérolas!

Mas minhas intenções são manchadas

pela nódoa repugnante das neuras

expelidas em palavras e atitudes

armadas com facas de álcool,

dissimuladas com a doença do ego.

Sim, não sei porque faço assim,

machuco, abro feridas, chagas vivas

nos que estão perto de mim,

com impiedosas foices verbais!

O que acalentará o monstro alcoolizado

que habita a treva do meu ser nu?

Marco Aurelio Vieira
Enviado por Marco Aurelio Vieira em 18/08/2009
Reeditado em 20/09/2019
Código do texto: T1759983
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