A NUDEZ
Almejo desbravar e reverter
a imaterialidade colorida dos sonhos
e ofertar-lhes em ostras, tal pérolas!
Mas minhas intenções são manchadas
pela nódoa repugnante das neuras
expelidas em palavras e atitudes
armadas com facas de álcool,
dissimuladas com a doença do ego.
Sim, não sei porque faço assim,
machuco, abro feridas, chagas vivas
nos que estão perto de mim,
com impiedosas foices verbais!
O que acalentará o monstro alcoolizado
que habita a treva do meu ser nu?