O vazio que me consome

Em meu caos e minha desarmonia,

na morte de meu ser.

No tédio de estar aqui,

neste berço melancólico de minha epifania,

que transcende e ascende minha mente insana,

no deleite deste momento sublime.

A falta de sentir, o vazio,

tão belo e tão sutil.

O vazio, tão cruel e tão vil.

Me perco nessa indescritível sensação de vazio.

Digo que já não a mais harmonia

que eu possa cantar,

e que nessa monotonia,

me perco e me encontro num infame estar.

Sinto algo que não consigo expressar,

a falta de viver e a inexistência de morrer.

A insatisfação imoral,

Que me prova,

o jeito indigno e ingrato de ser.

Possuo quase tudo que poderia desejar,

e de certa forma,

o vazio continua a me consumir, a me devorar.

Como pude eu me tornar a presa de meu

desmentido e desonesto destino?

O vazio me consome,

em uma sinfonia caótica e sintética sem razão.

Não consigo compreender por que

me consome essa trágica solidão.

Ironic
Enviado por Ironic em 17/08/2009
Código do texto: T1759419
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