Prenúncio de Agosto
Meu coração doído,
ando por ruas invisíveis,
ando parado, com culpa e pecado,
ando sempre triste...
Meu coração doído,
ando por todos os lados,
ando deixando pedaços,
ando como se não existisse...
Escondido do mundo
e daquele azul mais profundo,
sem perdão nem castigo,
sem juízo ou improviso.
Aprendendo a amar a dor,
por que só,
é o começo de tudo
e o nada ainda me consola...
Meu coração doído,
como um mendigo pedindo esmolas...