Mágoa
Desvencilhei-me do tolo ciúme que me afligia
Descartei o medo de te perder
Transpus infinitos abismos
E controlei essa aflição insofismável.
Leve, a minh’alma habitou-se de ti
E teus desejos se acasalaram aos meus
E teus anseios escreveram nossa história.
Desertei a insegurança
E nos confins do meu ser a confiança instalou-se.
Não previa a inconseqüente ação
A traição desposou-me
E despojou-me da minha melhor parte: acreditar.
O assoalho do meu coração ainda encontra-se molhado
Não choro por me teres traído
As lágrimas são pelo deslize
De me fazeres desacreditar-te.
Fátima Mota
13/08/09
Mote do POL - Traição