Partida

Eis que tudo que é bom um dia acaba

Não sem deixar mágoa, não sem deixar dor

E se houver amor a dor é redobrada

Arde feito brasa no peito sofredor

Maquina vil, ribombando entre as costelas

Torpor sufocado na garganta

Bagunçando as idéias

Tentar esquecer não adianta

Atormentado e enlouquecido

Segue ferido, aquele que ainda guarda o sentimento

E não adianta se impor, pois o sofrimento é inciso

É ter de viver beirando o abismo, é querer em vão parar o tempo

Que eu siga o destino dessa vida amargurada

Pois se não me resta mais nada, que eu me apegue ao sofrer

Pois antes encarar a saudade, antes não ter esperança

Do que encarar a verdade de viver sem você na lembrança