É assim

A terra te veste

A terra te come

Lentamente te digere

Tu vais ser a comida

Da alface que comeste

Virarás leiva da couve

Aquela que refogastes

A mais nobre diaconia

A terra te veste

Sal e agonia

Até a manhã mais ensolarada

Pode se tornar tarde fria

O vento sul sempre arrepia

Inconstante é a vida viva

De certeza única e decisiva

O chiclete perde o doce

Como a vista perde a alma

Sempre que se rompe um talo de roseira

Há um amor feliz

E o que sobra da rosa na manhã seguinte...?

Diniz Bilibio
Enviado por Diniz Bilibio em 12/08/2009
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