É assim
A terra te veste
A terra te come
Lentamente te digere
Tu vais ser a comida
Da alface que comeste
Virarás leiva da couve
Aquela que refogastes
A mais nobre diaconia
A terra te veste
Sal e agonia
Até a manhã mais ensolarada
Pode se tornar tarde fria
O vento sul sempre arrepia
Inconstante é a vida viva
De certeza única e decisiva
O chiclete perde o doce
Como a vista perde a alma
Sempre que se rompe um talo de roseira
Há um amor feliz
E o que sobra da rosa na manhã seguinte...?