A cigana
Lá fora cai um temporal danado,
gotejando no telhado de amianto furado,
molhando as minhas costas surradas.
Que recebeu bofetadas pelo sistema político brasileiro...
Uma cigana mundana falou ao ler a minha mão,
- Não morreras antes de encontra a felicidade...
Lá fora o temporal continua...
Pra não ser dragado pela incompreensão,
por causa desta quimera que mim consome...
Escrevo esse poema, que assim penso,
onde viajo para um mundo ideal...
Sou filho do destino, obediente que sou.
Um dia a vida viverei em paz,
tal qual a cigana falou...
As injustiças causadas,
ficaram embaraçadas nas linhas do papel...