Sombra da Humanidade
Lá fora,
A poesia escorre
pelos fios da chuva
impiedosa, martela
na minha mente ausente
e eu cansada dela escrevo
apenas palavras desconexas
Molhadas vão recalcando
o meu frio desconforto
em versos que não rimam
feito alma de gente
Cá dentro,
A nostalgia confunde-se
com luas de paz
E eu já nem sei
se estou só, ou não existo
Talvez eu seja apenas
a sombra da humanidade
Antimatéria, ser amorfo...
E esta chuva que não para
e me atormenta, venha-me testar
ou seja, simplesmente,
o momento da verdade