Sombra da Humanidade

Lá fora,

A poesia escorre

pelos fios da chuva

impiedosa, martela

na minha mente ausente

e eu cansada dela escrevo

apenas palavras desconexas

Molhadas vão recalcando

o meu frio desconforto

em versos que não rimam

feito alma de gente

Cá dentro,

A nostalgia confunde-se

com luas de paz

E eu já nem sei

se estou só, ou não existo

Talvez eu seja apenas

a sombra da humanidade

Antimatéria, ser amorfo...

E esta chuva que não para

e me atormenta, venha-me testar

ou seja, simplesmente,

o momento da verdade

Fana
Enviado por Fana em 08/08/2009
Código do texto: T1743313
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