Até a morte

Ontem me apaixonei novamente

Por um eterno desconhecido

Que só a voz me basta

Que o nome é tatuagem em meu coração

Que me pisa como se não houvesse amanhã para nos redimirmos

Só a voz que repete cinco vezes contadas ao telefone

Aquela voz que me faz derramar lágrimas todas as noites e madrugadas

As madrugadas que fico em minha varanda olhando a rua por onde passou

Esperando que o nascer do sol o traga novamente para mim

Sei que não sou sua amada

Talvez nunca fui

Só não sei porque me dói tanto depois de tanto tempo

Me dói imagina-lo emaranhado em um cabelo que não é o meu

Me dói ler suas palavras a um coração que nunca será o meu

Me dói me sentir impotente depois de tudo que doei

Dói, e não para de doer

Confesso, passei em frente a tua casa para tentar lhe ver

Mas nada achei alem do teu perfume

Do teu eu

E do fato de talvez nunca ter sido meu

Este amor deve ser profano

Amaldiçoado

Enfeitiçado

A cada lágrima que corre como ácido em minha face

Deforma meu coração

Não sei por quanto tempo mais viverei sem que sejas meu

Só lhe digo meu eterno amor

Lhe amei.

Mais do que eu pudia

Mais do que merecias

Imprudentemente

Gostaria eu dizer impunimente

Mas fui punida

Tenho teu nome em mim

Assim até a morte prematura decretada por alguma entidade

Enquanto vivi te amei

Depois da vida, ainda viverei

Ocultamente em um pedaço de sua vida

Pensei em mandar-lhe rosas

Mas elas morrem

Se o meu amor não morre

elas nunca poderiam representar o que sinto ao saber de sua existencia

Você mentiu

Você me magoou

Você me machucou

Você me derrotou

talvez eu nunca perdoe meu coração

por te amar tanto assim

Eu vejo sua vida de longe

Dentro de um taxi ou na calçada do teu trabalho

Eu vejo que não és mais meu

Ou que nunca fostes

Mas me basta saber que ainda tenho forças para dizer:

Te amo, eternamente.

mesmo que isso não seja o bastante para você

PS: Sim, é para ti Luiz C. M de M.

DannaBast
Enviado por DannaBast em 06/08/2009
Código do texto: T1740410