Perdi pedaços de mim
O que sinto não tem denominação é tão intenso
Sou tão pequena diante do calvário da tua covardia
Os meus olhos afogados, ofuscado pela dor...
A dor da tua falta me alucina
Essa lembrança chega com uma força
Quase insuportável
Se houvesse como acrescentar esperança,
Nessa tristeza nesse pensar afligido
Sinto-me partida... Perdi pedaços de mim
E Um pouco do meu sangue
Levas-te ao teu venoso liquido frio...
Aquilo que não ouso dizer Causa-me o gosto da dor
Engulo em bocados maiores
Que minha goela já destruída pela secura da tristeza
Agora não há mais procura
Somente o silencio vai te acompanhar
Tua desonestidade conseguiu doente deixar
O sentimento que desejo que viva...
Refiro-me aqui, a grande calamidade que esculpiste
Em minha alma agora muito mais triste
Parei de buscar flores e água na cacimba.
Todo caminho que fizeste em meu estômago
Pisando-me na alma um dia virará
Somente marcas de um passado sofrido...
Todas as tuas mentiras e falsidade
Mancharam-me de roxo escuro escorrido
Manchando-me o espírito..
Por dentro de mim sinto a árdua sensação
Dos goles de cachaça fervendo meu sangue
Quase coagulado por causa do assopro
Do teu espírito frio.
Bia Lira