Vãs fisiografias...

Eu passeio sobre o que eu quiser e misturo o que eu bem entender por que se eu quisesse ser entendido eu explicaria e se eu quisesse explicar seria por que acredito nas pessoas e em um publico que nem exista e certamente isso ainda não aconteceu.

Respiro um ar contaminado e a culpa nem é minha.

Plantei rosas e margaridas, eram todas tão bonitas, mal sabia eu que o terreno não era fértil, acreditava eu que iriam florescer por inocência minha, era óbvio que vossas caçadas pro petróleo já teriam impossibilitado qualquer esperança de vida ser florescida através de sementes minhas...

Quem sou eu?

Eu mero colecionador de palavras que sofre de graforréia e vive constantemente controlando a respiração, tentando não morrer de ódio e tédio nessas desesperanças diárias, me tranco atrás de um mundo de cores e fones e cada vez que me atrevo a olhar pela janela tenho raiva...

Ódio diariamente, ele te consome ate o ponto em que você o permite consumir, mas sabe o que te sobra alem dele?

Pensemos... esperanças não passam de uma coleção de inocências que cedo ou tarde morrem se não o matarem primeiro...

Confiança, você descobre que ela pode ser vendida, pode ser subornada com corpos e promessas, podem ser ate esquecidas por eventos mais fortes, com o tempo você descobre que você não é importante pra ninguém...

Acho que no meu caso, sem o ódio não sobra nada...

A indignação, o inconformismo, a desolação, o desanimo, a tristeza, isso tudo só me faz odiar, a felicidade é um estado ilusório onde se deixam os sonhos parecerem reais e não se coloca nada a prova, se aceita unicamente a primeira vista e não se disponibiliza a conflitar situação nenhuma se não ela acaba...

Me prendo nas lembranças das épocas eu que deveria ter morrido para que não tivesse a chance de pensar tanto e morrer diariamente preso nesse presente cheio de passados e com a infeliz espera de um futuro que tende a piorar constantemente...

Becker Desalmado
Enviado por Becker Desalmado em 24/07/2009
Código do texto: T1716276