LAMENTO FAMÉLICO.
Rabínico pensamento,
Fervilhando pedras no caminho,
Transparecendo visões.
Ofuscando a trilha.
Quando falta alimento.
Descortinando lamentos,
Vestes pretas açoitadas pelo vento.
Areias ardentes nos olhos.
Tocando como serpente.
Sofro como doente!
Setas ferindo...
Sangue buscando sustento.
Trovão que silencia no Céu.
Cerceando o pão.
Revoar de pássaros negros,
Piando canções mórbidas.
Deslizando as dores gástricas.
É a dor da fome!
Oh, Céu tão azul!
Traga o sustento da carne.
Favoreça a carência.
Para não perecer no corpo.
Só alimentando a alma.