VoRaCiDaDePoÉtIcA
Cada vez que me olho no espelho
Sinto necessidade de morrer
De elevar-me às áreas de outrem
Desfazer-me materialmente
De tudo que me destrói.
Meu rosto ao fitar-se
Sente-se inútil:
- Tenho mãos que não agem
Olhos e boca que de nada servem
Tenho a forçaa sem ação
- sou o gênio abortado
Sem conhecimentos racionais
Louco a seus próprios olhos
Que diante do nada que possui
Segura a caneta
E imortaliza o seu fracasso
Em papéis inocentes:
Sou inútil!