Há sabedoria na morte?
Eu nunca havia escrito poesia
Assim como nunca rezei uma prece
Apenas da vida me embevecia
Com um ar de quem pouco padece
Também nunca pensei filosofia
Tampouco fui circunspecto
Ouvi apenas a saberia
De um pássaro chilreando por perto
Loucamente o verso fica mais triste
E clamará por uma coroa de flor
Pois não arreda o pé a dama que insiste
Junto à tumba derramar seu amor
Que início este se já é morte
Que não se encontra com quem fenece
Talvez seja esta a única sorte
De quem um dia rezou uma prece