DESESPERADO
Hoje,
Em um desespero insuportável
Analiso e tento calcular
O grau de dor, em mim existente
E que impregnada, consome,
O meu já frágil coração,
Que vive atormentado
Agredido violentamente
Pela brutalidade
Das enlouquecedoras paixões.
Faleço sem resistir
A tantos golpes de infortúnio
Que me aturde a consciência
Anula minha sensibilidade
Anuviando a inteligência.
Assimilei profundamente
Estes golpes certeiros, causados
Por minha descabida imprudência
Que basicamente aniquilaram
E destruíram a minha existência!
Tento ainda, da vida a preservação
Protegendo a minha integridade,
Pesquiso incessante,
Requerendo a cura necessária
Para safar-me desta morte lenta,
Desta destruição física e mental.
Alimento a vã esperança
Que este tempo, em que me consumi
Possa retornar, voltar à era dos anais,
Com ela a juventude, o bom senso,
Onde eu juro, não errarei jamais!...