DESESPERADO

Hoje,

Em um desespero insuportável

Analiso e tento calcular

O grau de dor, em mim existente

E que impregnada, consome,

O meu já frágil coração,

Que vive atormentado

Agredido violentamente

Pela brutalidade

Das enlouquecedoras paixões.

Faleço sem resistir

A tantos golpes de infortúnio

Que me aturde a consciência

Anula minha sensibilidade

Anuviando a inteligência.

Assimilei profundamente

Estes golpes certeiros, causados

Por minha descabida imprudência

Que basicamente aniquilaram

E destruíram a minha existência!

Tento ainda, da vida a preservação

Protegendo a minha integridade,

Pesquiso incessante,

Requerendo a cura necessária

Para safar-me desta morte lenta,

Desta destruição física e mental.

Alimento a vã esperança

Que este tempo, em que me consumi

Possa retornar, voltar à era dos anais,

Com ela a juventude, o bom senso,

Onde eu juro, não errarei jamais!...

Elio Moreira
Enviado por Elio Moreira em 18/07/2009
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