Outra vida
Que fazer dos sonhos que outrora tive?
Que fazer da vida que agora sou?
Da noite bela e fria, envolto em êxtase e agonia, anseio por aquela que um dia serás só minha!
Doce é o cantarolar dos pássaros na manhã infame de meus sonhos.
Que fazer com os desejos da alma que outrora me amava.
Da vida não quero os medos, mas a verdade ante a dor.
Que fazer do poema que sou?
Que fazer do ser humano que fui?
Quem sou?
O que devo dizer da vida senão que é bela tal qual uma manhã no jardim dos meus sonhos!
Que posso eu diante de ti, se não sonho?
Meu erro não foi o de perdê-la para a morte e sim para a vida. Essa mesma vida que um dia também foi minha!