DE TANTO AMOR.

Como uma flor do vale que adormece embalada pelo vento,
Minha alma que cantou, que chorou, e ti amou tanto.
Hoje nesta verdade, solitária e abandonada te fala,
Se viveu foi por ti, e sem esperança no teu amor, perdeu o encanto.

Vagueie em torno de ti, errando em lamentosa ternura,
Querendo de rosas teu leito encher, perfumar assim tua vida.
Nos cânticos de amor e saudades, nestas tardes, hoje sou dores,
Por saber que nada ti importa, sou uma sombra a vagar esquecida.

Dormiu com você minha paz, minhas esperanças, ilusões,
De quem sonha e quando acorda já morreu o sol,e sem alarde,
Pranteando sobre as noites e os dias corridos, perdidos,
Pode apenas dizer ao seu coração: não chores mais, pois já é tarde..

SALVADOR. 05/07/09.
DOCE VAL.