DUAS PALAVRAS


Senti me carregado pelas enchentes
ouvi nos pés, os silvos das serpentes,
agora, minha alma, com a febre delira.
Sinto que todo o meu corpo treme
ouço minha voz, que baixinho geme
até o coração, com dificuldade suspira.

Como se atacado por um tridente
tento romper o elo dessa corrente,
que tira a liberdade da minha mão.
Num ato choroso e desesperado
tento me livrar desse passado
que está torturando meu coração.

Não posso dar a uma rosa a cor
isso é uma tarefa para o criador,
e Ele, que tudo faz acontecer.
Quando perguntou me se podia sair
em duas palavras respondi, pode ir,
foram duas palavras, que não podia dizer.

GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 06/07/2009
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