“Quase”
(Luiz Henrique)
Não me culpe
de ter sido sempre
um quase pra você
Reconheço
a tentativa foi vã
que se há de fazer?
Busquei escrever
poesias em versos
para te conquistar
Me esforcei
tentei te dizer
não soube expressar ...
Deveria talvez
ter sido ostensivo,
mais querido e obsceno
Mais simpático
falante e esbelto
ou menos moreno?
Só consegui
em tudo ser nada
e em nada ser tudo
Falei demais
muito me expus
melhor fosse mudo
Quem sabe
se eu tivesse poderes
ou fosse encantado
Faria um feitiço
povoaria teus sonhos
de fazer amor com um anjo alado
Sou mero mortal
nem tão bom nem tão mal
não sou querubim
Diga como
sendo um tipo banal
despertar teu amor por mim?
Resta-me apenas
por guarida e consolo
saber que por um triz
Quase quase
você fez de mim
sua força motriz
Lamento
minha poetisa e eterna amada
de ter sido (o que sou):
um quase - quase nada ...
- poesia com registro de autoria
- imagem copiada do google (titularidade desconhecida)