Sem Meias Medidas

A graça das simples verdades,
ante a soberania das mentiras.
O catálogo das justificativas,
o erudito método da hipocrisia.

A quantificação de tudo.
Quantas medidas de sentimentos?
Quantas unidades de emoções?
O mórbido esmagar do coração.
 
Querendo encontrar um motivo,
desejando que seja algo de bom.

Imaginando toda a inutilidade
para irritar-se com tanto marasmo.

Um desperdício do tempo.
Pensamentos demais
em meio a agir de menos.
Não sabe se bom ou ruim.
 
Dividindo-se em partes,
sendo uma, doada aos instintos do corpo,
enquanto outra é apenas da alma.
Dividindo-se, mas querendo-se inteiro.
 
Gilberto Brandão Marcon
Enviado por Gilberto Brandão Marcon em 05/07/2009
Reeditado em 31/07/2009
Código do texto: T1683911
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