Não tenho paz.
Não tenho paz em minha alma.
Nada me serve de poesia;
nado no mar sem maresia!
Nada no mundo me acalma.
Essa vida é cena imortal
cansada da falta de sorte.
Tem jogo de vida ou morte,
mas nunca apito final.
De que outra encarnação
trago glórias que jamais esqueço?
Lembro mas não mereço;
fogem da minha mão.
Que aflição me faz companhia
feito noiva apaixonada!
Numa qualquer calçada
meus caminhos só desvia.
Não tenho paz agora.
Sofro a cada momento.
Rezo que cada lamento,
Dia desses vá-se
embora.