Mãos
Mãos que hoje me acusam,
com justiça do que não fiz...
Mãos que hoje apontam,
a pena que mereci.
 
Mãos que no passado apontaram
o futuro miserável,
de um presente sufocado,
do ontem lamentável.
 
Mãos trêmulas, sofridas
calejadas, doloridas,
que  pela vida incentivadas,
hoje, humilham-se em feridas.
 
Mãos que enxugam lamentos,
de lágrimas em fraguementos...
de alegrias e sofrimentos,
que hoje estão no esquecimento.
 
Mãos hoje cansadas,
acenam o passado e presente
de uma vida calejada,
a morrer suavemente.

(Paulo Silvoski)

Paulo Silvoski
Enviado por Paulo Silvoski em 30/06/2009
Reeditado em 12/02/2013
Código do texto: T1674405
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