Recuo
Silêncio
em embriaguez de desejo
intenso
olhai o mundo
com a inocência de quem ama
e só.
eternidade de quem mais são se sabe
( quê sou?)
mergulhos em acordes
arautos da veia aberta
pulsante
pouca
poesia que se esvai
desconhecida de portos
enseadas nuas
( que és?)
rubra
agora lânguida
vertigem do branco
Atrevimentos de cadafalsos
em cada esquina
de ritmo
sem cor
pálidos
adjetivados com dor
( sou-me a ausência
de um rio que se desfez
em quimeras de abismos)
olhai o mundo
com a inocência de que ama
só.
Peço-te.