SOLIDÃO

Poesia resgatada de 1973.

Eu amo

Eu chamo

Eu adoro

Eu vou ao infinito

Eu grito

Eu imploro

O meu amor

A minha dor

A minha ilusão

Que vem ao peito

\sem o jeito

Ou a razão.

Desta vida

Só sofrida

De tédio

De amor

Do rancor

Sem remédio.

Que cura

Uma procura

Da paixão

De sofrer

De viver

Sem a razão.

De amar

De chorar

Da desilusão.

Desta vida

Perdida

Neste mundo.

De sonhos tristonhos

Dos sonhos medonhos

E profundos.

De morrer.

De chorar.

De amar.

De viver...