Desabafar Poético - XXXVII [Assassinato]
Assassinato
"No fundo, talvez eu fosse só culpa..."
Fui eu quem matou o teu filho...
Era eu quem o assassinava
Enquanto estavas distraido,
Era eu quem o assassinava
Quando achava estar tudo bem...
E agora choro esse pesar que é teu,
Mas não me arrependo desse sangue
Que escorre plácido de meus dentes.
Fui eu quem matou o teu filho
Enquanto um outro tomava a culpa,
Agora só resta este chão vermelho
E este vazio incessante que te cobre;
Não possuo culpa, a morte é natural demais para mim,
E as vezes nos esquecemos o quanto a vida é frágil.
Teu filho está morto...
E sou eu quem o segura pelas orelhas.
(Ele apenas gritava: Liberdade!)