Desabafar Poético - XXXVII [Assassinato]

Assassinato

"No fundo, talvez eu fosse só culpa..."

Fui eu quem matou o teu filho...

Era eu quem o assassinava

Enquanto estavas distraido,

Era eu quem o assassinava

Quando achava estar tudo bem...

E agora choro esse pesar que é teu,

Mas não me arrependo desse sangue

Que escorre plácido de meus dentes.

Fui eu quem matou o teu filho

Enquanto um outro tomava a culpa,

Agora só resta este chão vermelho

E este vazio incessante que te cobre;

Não possuo culpa, a morte é natural demais para mim,

E as vezes nos esquecemos o quanto a vida é frágil.

Teu filho está morto...

E sou eu quem o segura pelas orelhas.

(Ele apenas gritava: Liberdade!)

R Duccini
Enviado por R Duccini em 26/06/2009
Reeditado em 30/07/2009
Código do texto: T1667750