MICHAEL JACKSON

Menino triste de espírito irrequieto,

Forjado num gueto dos que são esquecidos,

Quem sabe até discriminado,

Pela pele escura que procurou esconder.

Já criança mostrava vivacidades,

Raízes de raça que deveria se orgulhar,

Querendo olhar horizontes que não via,

Pois tinha talentos para ousar crescer.

A pele clara que procurou um tanto afoito,

Mesmo sabendo existir limitações,

Queria ser no entanto diferente,

E mostrar ao mundo suas contestações.

Ultrapassou limites e foi soberano,

Diante de todas circunstâncias,

Invejado, idolatrado, imitado, nunca igual,

Pois tinha diferenças jamais conseguidas.

Moço, jovem, ousou ser contestado,

Nos trejeitos que ninguém conseguia imitar,

E a vóz de tonalidade um tanto estridente,

Foi símbolo de uma era que cessou de vez.

Partiu num repente qual flecha ligeira disparada,

Deixando atônito fãs que o idolatravam,

Mesmo sendo figura um tanto contestada,

Mas a sua irreverência nunca será esquecida.

Jairo Valio

25-06-2009