QUEM SABE AMANHÃ

A cerveja desce amarga

Mas me embriaga

Quero esquecer...da vida..de mim

De não sei mais o que

O cigarro queima o pulmão e minha boca

A vida se esvai...mas não tô nem aí

O grito agarra na garganta

Que sangra...suplanta...não supera

O que espero não sei...

Sem perspectiva estou

Na corda bamba me deixo ir

Já não sou dona de mim

E nem quero ser

Deixo que a vida me leve

Quem sabe ela seja breve

E dela eu me despeça

Num dia de chuva

Num verso...chorado

A lágrima cai e embaça meus olhos

Tudo turvo...embaçado

Embaraçado este momento

Sentimento rasgado

No peito que arde

Que grita e chora

Que quer ir embora

Depois de um dia que nada aconteceu

O blues que ouço...a guitarra que chora

Também é meu lamento

De algo que se perdeu

De algo que busco, mas não consigo achar

Porque também não sei bem o quê...

Fica a indefinição

Amanhã é novo dia

Quem sabe...amanhã

(Vera Helena)

Vitória/ES -Em 21/06/09 -

Helena Serena
Enviado por Helena Serena em 21/06/2009
Reeditado em 15/06/2013
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