ATADA ÀS LEMBRANÇAS

Envolta em sonhos, pensamentos adejam,

Traçando caminhos distantes, solitários.

Vagam e buscam, onde quer, onde estejam,

Prazeres perdidos, passados refratários.

Presente? Já não há. Futuro? Tampouco.

O dia não raia; a vida fenece.

A apelos à existência, faz ouvido mouco.

Com o ego ferido, a aspiração entorpece.

No fundo, em angústia, soluça lamentos.

Carente de afeto, afeição, sentimentos,

Não pode aplacar a dor e o desgosto.

Reclusa, nem atenta a alegria que ronda;

Lampejos de graça não olha, não sonda.

Sua inércia desbota a beleza do rosto.

Israel dos Santos
Enviado por Israel dos Santos em 21/06/2009
Reeditado em 06/12/2010
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