ATADA ÀS LEMBRANÇAS
Envolta em sonhos, pensamentos adejam,
Traçando caminhos distantes, solitários.
Vagam e buscam, onde quer, onde estejam,
Prazeres perdidos, passados refratários.
Presente? Já não há. Futuro? Tampouco.
O dia não raia; a vida fenece.
A apelos à existência, faz ouvido mouco.
Com o ego ferido, a aspiração entorpece.
No fundo, em angústia, soluça lamentos.
Carente de afeto, afeição, sentimentos,
Não pode aplacar a dor e o desgosto.
Reclusa, nem atenta a alegria que ronda;
Lampejos de graça não olha, não sonda.
Sua inércia desbota a beleza do rosto.