Inferno
Se as penas pesadas emudecem as asas e me impedem o vôo
As sacudo no solo espanando a dor
Então a poeira que salta de mim me devolve ao que sou
Todo eu sem falta: El “Com Dor”
Que bate sem dedos os braços alados sobre a cordilheira
Enxergando a llama que aos Índios destrona.
E enterra o sol assustando aos pingüins... Derretendo as geleiras...
Icebergs de fogo em pleno Amazonas
Do outro lado do muro que ataca os ventos e impede o deserto
No pau-incendido
Corre o fio mais grosso do conserto do pano esgarçado e cerzido
Para o mar aberto
Para o mesmo salgar que chegou pra ficar e deixar à descoberta
A Biochacina
Que só por ganância a selva capina a fogo, que em pena diária e futuros incertos
Ela geme fumaça na hora da desumanidade...
Que gente, Que nada! Que gente é quem ladra é quem come capim
Quem canta nos matos, quem voa nos rios, quem se sente flores do mesmo jardim.
Quem olha pra tudo e só toca naquilo que a vida precisa e colhe pra sobreviver
Mas que Sapiens de tudo? Se não sabe de nada e aniquila e empobrece para enriquecer...