Estiagem

Estiagem

Sem pedir licença, saiu. Assim. De repente

Me deixou perdido sem chão,órfão de luz

Me sentindo seco de corpo, de alma de mente, de gente,

De língua entre os dentes, saliente.

Onde andas?

Senhora das palavras e canções inexatas, insensatas.

Porque foges de mim

Moça invisível que me faz tanta falta

Na pauta na alma na amplidão da cachola quieta

Volte, pois preciso de você

Pra de novo resplandecer minha cabeça

Que anda carente, da nobre presença.

Que as nobres luzes desçam, e faça do eu,

Um peito fértil, febril junto de ti.

Vaga incessante e veloz pelas as ruas da ausência

Deixando comigo o vazio que me despe do criar

Assolado por uma seca de luz

Vejo apenas um filete que brota da massa estorricada.

Do qual beberei até a ultima gota 2x

Vou secar a sede

Me sentir vivo

Menino solto vou seguir

Denis Sanches
Enviado por Denis Sanches em 18/06/2009
Código do texto: T1655690
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