Estiagem
Estiagem
Sem pedir licença, saiu. Assim. De repente
Me deixou perdido sem chão,órfão de luz
Me sentindo seco de corpo, de alma de mente, de gente,
De língua entre os dentes, saliente.
Onde andas?
Senhora das palavras e canções inexatas, insensatas.
Porque foges de mim
Moça invisível que me faz tanta falta
Na pauta na alma na amplidão da cachola quieta
Volte, pois preciso de você
Pra de novo resplandecer minha cabeça
Que anda carente, da nobre presença.
Que as nobres luzes desçam, e faça do eu,
Um peito fértil, febril junto de ti.
Vaga incessante e veloz pelas as ruas da ausência
Deixando comigo o vazio que me despe do criar
Assolado por uma seca de luz
Vejo apenas um filete que brota da massa estorricada.
Do qual beberei até a ultima gota 2x
Vou secar a sede
Me sentir vivo
Menino solto vou seguir