SENTINDO-SE SÓ...
Encontra-se só, perdido num mundo
No meio profundo do nada,
A se olhar para os lados, sem se encontrar
Uma saída imediata que venha a se tirar
Dessa vil rotina de melancolia tétrica,
Que leva para bém longe a alegria
Que se pode ter e não se tem e que
Deixa em seu lúgubre lugar mesma porção
de tristeza fútil e insana.
E, se se pergunta, porque se sente
Perdido, no meio do nada,
É só devido a tristeza, essa tal vilã,
De não se ter vida digna de cidadão nobre,
Dono de seu próprio nariz,
Ao se poder desfrutar de riqueza tão sonhada.
E sente-se só, isolado num mundo
Totalmente vazio de esperança em si,
Onde o sofrimento marca o rosto com a velhice,
Porque, a labuta é forçada e pesada,
Envelhece o ser que dá murros em ponta de faca
Para o pão de cada dia obter-se,
Mas, nem por isso lhes tira o mérito
De se ter convivência social nobre.
Só se reclama, sim, pois, que,
Por uma vida digna melhor
À família humilde que se tem,
Se quer muito que se ajude,
Pois nada se conseguirá sozinho,
Dessa floresta densa em que se lenha,
E, sabe-se, com outras mãos ajuntando-se,
Se verão idéias se realizando
Como uvas crescendo na vinha.