Insanas Perdas
Já não resiste às lágrimas
que lhe bordam a face
que tenta ocultar nos pontos
mais escuros da noite.
As mãos perderam
sua pedra preciosa,
não podem mais tocá-las.
Tanto brilho e encanto
e agora apenas pó.
Uma sonolência nervosa o avisa
do fim da insônia,
a falta de motivação
ganha novo objetivo.
Reconhece o cansaço,
os pés estão doloridos,
os músculos adutores
já ameaçam cãimbras,
não há como fugir.
O corpo abatido lhe
reduz a ansiedade psíquica,
quer retornar
para o abrigo de sua casa,
precisa localizar-se.
Recompõe os passos,
substitui o desejo insatisfeito
por um certo desprezo
cheio de conveniências.
Se antes a companhia
parecia ser essencial
para poder viver,
agora sente-se atraído
pela conquista da solidão.
A razão retoma as rédeas
das emoções em rebelião,
vê em si algo de patético e obtuso.
Os passos estão
cansados e sem rítmo,
mas são constantes.
Não sabe se está feliz ou triste,
mas sabe que sobreviveu,
que está feliz por estar vivo.
Já não resiste às lágrimas
que lhe bordam a face
que tenta ocultar nos pontos
mais escuros da noite.
As mãos perderam
sua pedra preciosa,
não podem mais tocá-las.
Tanto brilho e encanto
e agora apenas pó.
Uma sonolência nervosa o avisa
do fim da insônia,
a falta de motivação
ganha novo objetivo.
Reconhece o cansaço,
os pés estão doloridos,
os músculos adutores
já ameaçam cãimbras,
não há como fugir.
O corpo abatido lhe
reduz a ansiedade psíquica,
quer retornar
para o abrigo de sua casa,
precisa localizar-se.
Recompõe os passos,
substitui o desejo insatisfeito
por um certo desprezo
cheio de conveniências.
Se antes a companhia
parecia ser essencial
para poder viver,
agora sente-se atraído
pela conquista da solidão.
A razão retoma as rédeas
das emoções em rebelião,
vê em si algo de patético e obtuso.
Os passos estão
cansados e sem rítmo,
mas são constantes.
Não sabe se está feliz ou triste,
mas sabe que sobreviveu,
que está feliz por estar vivo.