Amanhã Será Outro Dia

Quer reprimir
com ponderações
as cicatrizes emocionais
que foram talhadas
a ferro e fogo.
Quer reunir
o número de pedaços
que aumentam
a cada instante,
quer organizar
o que está perdido.
Uma certa
falta de controle,
o medo das tolices
da impulsividade,
sensação de fera
acuada por caçador.
Sentimentos destrutivos.
Incinera cigarros,
absorve líquidos alcóolicos,
acelera além do limite permitido.
Quer romper,
mas não sabe como fazer.
Quer fazê-lo,
mas teme incorrer em engano.
Não querer ferir,
não quer  se ferir,
mas acaba ferindo
e ferindo-se mais ainda.
Momento de sobreviver,
dar um passo em direção
de um novo caminho,
buscando alento
dos esperançosos
e agradáveis reinícios,
sagrados remédios, 
porções curativas contra
os áridos e amargos finais.
Gilberto Brandão Marcon
Enviado por Gilberto Brandão Marcon em 14/06/2009
Código do texto: T1648965
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