A Morte de Um Amigo

A Morte de Um Amigo

Aos olhos da criança

O amigo cão está apenas doente

Doença que é fatal

Morre o cão

Diz-se a criança da morte e ela ingênua vibra

Sem saber o que significa a morte

Estado de inércia e de tristeza

Assim como o pardalzinho de Sacha

Voou, ao céu se foi,

Deixou a casinha e o quintal que adorava brincar

A menina inocente quer saber do dodói

-Ela morreu! Foi pro céu!

Pro céu? Não ela volta! Ela vem pra casinha! Diz a menina com certeza

E em nós a tristeza de não saber lidar com o luto

Tão inocente a menina vibra que a Cristal ta no céu

Como pardalzinho de Manoel Bandeira

Cristal foi morar com Deus

Dói a saudade

Latidos pelo quintal.

O pegar roupas do varal e correr com ela entre os dentes numa traquinagem de cão

E corre ao portão afugentando o mal.

Agora cristal está dormindo

Seu sono eterno no céu

Aonde a dor e a tristeza não mais vai lhe tocar.

E a menina toda prosa continua a brincar

Deve ser que pra criança a morte é em sua essência vital:

Não é tristeza, não é o fim, é a liberdade dos que viveram em dor aqui.

Paula Belmino

**Hoje a cachorrinha Cristal de meu marido faleceu, como não mora conosco e sim com minha sogra a Alice só a viu doente e ao contarmos pra ela reagiu assim sem entender, vibrou por que ela estava no céu, inocência e sabedoria de Criança, quem está no céu não pode ser triste, lá só a alegria existe!

Paula Belmino
Enviado por Paula Belmino em 14/06/2009
Código do texto: T1648261
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.