A Morte de Um Amigo
A Morte de Um Amigo
Aos olhos da criança
O amigo cão está apenas doente
Doença que é fatal
Morre o cão
Diz-se a criança da morte e ela ingênua vibra
Sem saber o que significa a morte
Estado de inércia e de tristeza
Assim como o pardalzinho de Sacha
Voou, ao céu se foi,
Deixou a casinha e o quintal que adorava brincar
A menina inocente quer saber do dodói
-Ela morreu! Foi pro céu!
Pro céu? Não ela volta! Ela vem pra casinha! Diz a menina com certeza
E em nós a tristeza de não saber lidar com o luto
Tão inocente a menina vibra que a Cristal ta no céu
Como pardalzinho de Manoel Bandeira
Cristal foi morar com Deus
Dói a saudade
Latidos pelo quintal.
O pegar roupas do varal e correr com ela entre os dentes numa traquinagem de cão
E corre ao portão afugentando o mal.
Agora cristal está dormindo
Seu sono eterno no céu
Aonde a dor e a tristeza não mais vai lhe tocar.
E a menina toda prosa continua a brincar
Deve ser que pra criança a morte é em sua essência vital:
Não é tristeza, não é o fim, é a liberdade dos que viveram em dor aqui.
Paula Belmino
**Hoje a cachorrinha Cristal de meu marido faleceu, como não mora conosco e sim com minha sogra a Alice só a viu doente e ao contarmos pra ela reagiu assim sem entender, vibrou por que ela estava no céu, inocência e sabedoria de Criança, quem está no céu não pode ser triste, lá só a alegria existe!