Sublime inércia de perdão

Sinto-me um passarinho sem asas

Suor não preenche a alma

Saliva engole a calma

Perturbada satisfação em não ser

Inclinada maneira de perceber

Meu tufão inseguro de irazão

Minha poesia sem filosófica questão

Inocência destinada a pobreza

Fica como um placar sobre a mesa

Desinteresse pelo alheio inoculo

Sublimado poder de absorção

Eu não, eu não, eu não...

Já me carrega pelo ar

Minha inércia de perdão

Meu pecado, e minha alucinação

Don Dantexote
Enviado por Don Dantexote em 12/06/2009
Reeditado em 08/07/2009
Código do texto: T1646084