MEUS CLAMORES

Eu sou como a coruja a beira dos telhados.

Levo o meu pio pobre por toda a madrugada.

Meus olhos tristes chorosos e molhados,

Olha a noite que se despede já cansada.

Escondo-me durante o dia da própria claridade,

Não quero mostrar meu rosto feio a ninguém,

Sou uma solitária, deprimida, cheia de saudade,

Que não consegue olhar para o céu dizendo amém.

Trago na alma a marca do amor perdido

Que a vida me roubou em plena tarde

Deixando em mim esse coração sofrido,

deixando em mim essa alma pobre, sem alarde.

Dionea Fragoso
Enviado por Dionea Fragoso em 12/06/2009
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