NÃO POSSO NAMORAR CONTIGO*
Quero falar do brilho dos teus olhos
Que nunca vi, mas parece que vejo,
Que enfeitam minha alma
Quando mais e mais te desejo...
É quando viajo neste sonho
De encanto e devaneio
Curiosa em descobertas
No limiar da paixão
De inicio de namoro,
É quando mais e mais te anseio...
Na oferta do algodão doce,
Entre sorrisos somos crianças...
Passeios à beira rio,
Atravessamos a ponte, sem fiança...
Teus braços à minha cintura
Um olhar distraído, arredio.
Num repente
Um beijo roubado,
Um selinho delicado,
Dentes desconfiados e trincados
Guardando a lingua nervosa,
Querendo sentir teu gosto,
Te provar e te descobrir,
Num convite confirmado...
E noutro momento...
Confinados em alcovas de cetins,
Numa intimidade única,
Dizes que me queres,
Me amas e gostas de mim...
E em lindos versos clamas
Aos meus ouvidos,
Assopros e sussurros
Em minha face carmim...
E teu abraço me força
E me prende num beijo,
Invasivo e primeiro...
Me apertas entre tuas pernas,
E me abandono, não me reconheço...
E me renovo inteira
Neste amor verdadeiro...
E tuas mãos atrevidas
Vão abrindo caminhos
Entre planícies, reentrâncias
E redemoinhos...
Onde nós dois avançamos
Num despentear, num desalinho.
Alças que caem,
Botões que fogem de suas casas ao toque,
Ao desabotoar-se em teus dedos...
E me tomas inteira, ao teu dispor
Completamente a mercê,
Voo, ganho asas
No teu beijo nas pontas dos pés,
Na palma da minha mão,
E na ponta de meus dedos...
Um mordiscar de petisco
Nos lóbulos das orelhas,
Num roçar mais saliente
Me tomas o busto a ti
E me acaricias de jeito
Como se me desses, de presente,
A própria presença de si...
Sabes mesmo como me fazer te sentir...
E mais me fazes sorrir
Num afago na nuca,
Numa mordida no umbigo...
Esperneio, não quero fim
Quero-te mais e mais,
Doce complemento e abrigo,
Mas se quiser evitar tudo isto,
Não posso namorar contigo...
É disso que tanto careço
Neste hiato que maltrata
E finjo que te esqueço
E que não me fazes tanta falta...
Ibernise
Indiara, (Goiás,Brasil), 12/06/2009.
Poema inédito nesta data.
*Núcleo Temático Romântico.
Direitos autorais reservados/Lei n. 9.610 de 19.02.1998.
Quero falar do brilho dos teus olhos
Que nunca vi, mas parece que vejo,
Que enfeitam minha alma
Quando mais e mais te desejo...
É quando viajo neste sonho
De encanto e devaneio
Curiosa em descobertas
No limiar da paixão
De inicio de namoro,
É quando mais e mais te anseio...
Na oferta do algodão doce,
Entre sorrisos somos crianças...
Passeios à beira rio,
Atravessamos a ponte, sem fiança...
Teus braços à minha cintura
Um olhar distraído, arredio.
Num repente
Um beijo roubado,
Um selinho delicado,
Dentes desconfiados e trincados
Guardando a lingua nervosa,
Querendo sentir teu gosto,
Te provar e te descobrir,
Num convite confirmado...
E noutro momento...
Confinados em alcovas de cetins,
Numa intimidade única,
Dizes que me queres,
Me amas e gostas de mim...
E em lindos versos clamas
Aos meus ouvidos,
Assopros e sussurros
Em minha face carmim...
E teu abraço me força
E me prende num beijo,
Invasivo e primeiro...
Me apertas entre tuas pernas,
E me abandono, não me reconheço...
E me renovo inteira
Neste amor verdadeiro...
E tuas mãos atrevidas
Vão abrindo caminhos
Entre planícies, reentrâncias
E redemoinhos...
Onde nós dois avançamos
Num despentear, num desalinho.
Alças que caem,
Botões que fogem de suas casas ao toque,
Ao desabotoar-se em teus dedos...
E me tomas inteira, ao teu dispor
Completamente a mercê,
Voo, ganho asas
No teu beijo nas pontas dos pés,
Na palma da minha mão,
E na ponta de meus dedos...
Um mordiscar de petisco
Nos lóbulos das orelhas,
Num roçar mais saliente
Me tomas o busto a ti
E me acaricias de jeito
Como se me desses, de presente,
A própria presença de si...
Sabes mesmo como me fazer te sentir...
E mais me fazes sorrir
Num afago na nuca,
Numa mordida no umbigo...
Esperneio, não quero fim
Quero-te mais e mais,
Doce complemento e abrigo,
Mas se quiser evitar tudo isto,
Não posso namorar contigo...
É disso que tanto careço
Neste hiato que maltrata
E finjo que te esqueço
E que não me fazes tanta falta...
Ibernise
Indiara, (Goiás,Brasil), 12/06/2009.
Poema inédito nesta data.
*Núcleo Temático Romântico.
Direitos autorais reservados/Lei n. 9.610 de 19.02.1998.